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Serviços de Podologia reduzem complicacões da diabetes

  • Foto do escritor: Marta Pires Podologista
    Marta Pires Podologista
  • 5 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de abr. de 2018

Um estudo realizado na Austrália revelou que a incidência de ulceração no pé de pacientes com diabetes tipo 2 tem-se mantido estável ao longo dos últimos 15 anos, devido a melhorias encontradas em hospitais da comunidade relativas aos cuidados com os pés.


Pesquisadores da University of Western (UWA), na Australia, realizaram análise de dados após observação longitudinal do Fremantle Diabetes Study (FDS) e compararam os resultados dos 1.993-1.996 (Fase I) com aqueles coletados entre 2008-2011 (Fase II).



Os resultados revelaram 16 úlceras de pé em uma amostra de 1.296 pacientes na fase I e 23 úlceras em uma amostra de 1.509 pacientes na Fase II.

A pesquisadora Mendel Baba, da unidade de Medicina e Podologia da UWA, diz que ela e seus colegas esperavam que a prevalência de ulceração fosse maior na segunda fase.

“Esperávamos um aumento da prevalência na fase II uma vez que os pacientes tiveram diabetes durante mais tempo e tinham mais fatores de risco para úlceras nos pés “, diz Ms Baba.

“Ficamos surpresos ao descobrir não houve diferença estatística entre os dois períodos, portanto nossos resultados sugerem que o aumento do uso de serviços de podologia pode ter impedido o desenvolvimento de úlceras do pé em pacientes suscetíveis”.

Ms Baba diz que pessoas que sofrem de diabetes podem desenvolver úlceras nos pés devido a uma combinação de eventos.

“Os nervos lesados ​​nos pés podem reduzir a sensação de proteção [neuropatia sensorial periférica], ou seja, os pacientes acabam por não sentir lesões que podem levar ao colapso da pele”, diz Ms Baba.

“Além disso, o estreitamento das artérias que fornecem sangue para os pés [ doença vascular periférica ] pode resultar em má cicatrização de úlceras”.

“Nós encontramos fortes associações entre úlceras nos pés e neuropatia sensorial periférica e doença vascular periférica, bem como o período de tempo que alguém está com diabetes”.

ÚLCERAS PROVÁVEIS ​​ENTRE OS PACIENTES MAIS VELHOS

Pacientes mais propensos a terem úlcera no pé seriam os mais velhos.

Ms Baba também creditou a melhora ao programa do governo australiano Moorditj Djena (Pés Foretes), que foi criado em 2012 para oferecer serviço de podologia e educação em diabetes de forma gratuita para aborígenes da região metropolitana de Perth.

“Moorditj Djena é muito bem utilizado e nós estamos vendo a melhoria da saúde das pessoas com diabetes por meio de iniciativas como essa”, diz Ms Baba.

O estudo vai continuar a recolher dados até 2017.

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